sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Citânia de Briteiros
Compartilho algumas fotos desse lugar fantástico, feitas na primavera de 2011. Nesse lugar, entre as montanhas de Braga e Guimarães (norte de Portugal), viveram os povos celtas da Ibéria. São ruínas de mais de 100 habitações e espaços coletivos em meio a árvores gigantescas e de imponente beleza. Impossível descrever a energia do local. Revendo essas fotos, me veio a certeza de que o acaso não existe e que as viagens podem nos conduzir a lugares estranhamente familiares.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Diário do tempo
Com o tempo, marcas ancestrais em mim se revelam, símbolos ressignificam paisagens adormecidas e respostas que eu nem mais buscava parecem estar a um passo de serem ditas. Pegadas a esmo, agora, começam a fazer sentido, traçam um caminho familiar, o caminho de volta ao lar. Aos lares. Ao centro. Para dentro de mim. Eu, assim por acaso, entendi hoje, clara e simplesmente, porque é tão difícil escrever certas coisas, embora seja eu, ironicamente, uma portadora da escrita - da escrita para o mundo, que é substancialmente o oposto da escrita para si -, porque enquanto a imagem me fascina, a escrita me amedronta. Será a verdade uma questão de tempo?
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Alma de viajante
Somos todos viajantes. Neste planeta, nesta vida, neste corpo, principalmente. Mas essa condição, a mim, particularmente, é o que me define enquanto ser vivente, porque é nas viagens que eu me redimensiono, que eu me vejo em interação e descoberta com o mundo e, ao mesmo tempo, comigo mesma. Viajar é sair de si, do lar, da concha, do ninho, da zona de conforto e entregar-se ao novo, à descoberta, ao inusitado. É aprender a lidar com as adversidades: a chuva que não para, o frio imprevisível, o calor acima do esperado, o ar seco do deserto ou congelante das montanhas, a vida enérgica das cidades grandes e a imensidão solitária das paisagens inabitadas.
A viagem começa antes do primeiro passo, começa mesmo no pensamento, no espírito abrir-se às diversas possibilidades de um caminho à nossa frente. E a viagem pode ser imaginária, sim, porque os livros nos transportam, os filmes nos levam a lugares e tempos distantes e até mesmo inexistentes... E as fotografias, essas, como suporte da memória em um tempo-espaço ora real, ora imaginário, nos fazem voltar ao ponto de redescoberta de nós mesmos.
A viagem começa antes do primeiro passo, começa mesmo no pensamento, no espírito abrir-se às diversas possibilidades de um caminho à nossa frente. E a viagem pode ser imaginária, sim, porque os livros nos transportam, os filmes nos levam a lugares e tempos distantes e até mesmo inexistentes... E as fotografias, essas, como suporte da memória em um tempo-espaço ora real, ora imaginário, nos fazem voltar ao ponto de redescoberta de nós mesmos.
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