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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
café.com.prosa.de.fim.de.tarde
A alma que em mim existe insiste em ser triste, mas minha mente comumente se alegra quando teima em desmentir essa regra, e inventa alguma alegria contida de todos os dias, e se entrega um pouco ao que muito me apraz: coisas simples e banais da vida, essa vida que, sem poesia, é tão desvalida e jaz sem sentido. É por isso que eu não duvido que as rimas, os versos, os gestos nos palcos, o canto, os sons brotados da voz e dos instrumentos, os romances contidos em todos os livros, todos são suspiros de anjos caídos na terra, são inventos da esfera sagrada que os homens tocados pela arte aprenderam com os deuses, para nos eternizar na vida e na arte; para nos ensinar que sem asas e com os pés no chão também se pode voar; para transformar, ainda que momentaneamente, seres humanos decadentes em alguma coisa a mais do que aquilo que somos: míseros mortais.
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