Os ventos de outono
preparam camas
de folhas rubras
no meu canteiro
Sob elas deito pensamentos
reaqueço meus sentidos
teço gestos e experimento
vida de fio comprido
nesse meu velho tear
E de frio sei que não morro
porque vivo desse tempo
em que colho folhas rubras
e me aqueço em meu canteiro
pra ver a neve chegar.
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